domingo, 22 de julho de 2012

O jogo da minha vida!




Eu assisti o histórico Santos 4 x 5 Flamengo na Vila Belmiro. Sou um amante do futebol, fiquei empolgado com aquele inesquecível jogo da Vila. Muitos alagoanos dizem que não torcem por nossos times ou mesmo torcendo, não valoriza, não têm a grandeza do Flamengo. Outros, como nós, mesmo os que torcem por times de fora do estado, valorizam, estimam nossos times. Não se importam com nossa pequenez diante dos grandes times, o que importa é ter um time para torcer.
Eles torcem por times com vários campeonatos nacionais, continentais e mundiais. Nós, torcemos por um time que dificilmente conquistará algo próximo disso. Mas temos uma grande vantagem, somos torcedores de verdade, participamos ativamente do jogo.  No dia 21 de julho de 2012, o nosso gigante, Clube de Regatas Brasil, fez história. Virou um jogo que perdia por 3x0. Amigos regatianos de arquibancada, eles viram os 5x4 do Flamengo, nós participamos do 4x3 do CRB.
Quando o Thiago Bezerra perdeu dois gols, ouvia nossas vozes reclamando e alguns, vaiando. Antes das faltas, Geovani nos ouviu gritando o seu nome e junto com ele, nossos olhos empurravam a bola para o fundo do gol. O que dizer do momento que nosso ídolo Aloísio sofreu um falta desleal do adversário e todo mundo se levantou como avisando ao zagueiro: "Não bata no Aloísio. Olha o tamanha da família dele"!? Não sei como, mais Elsinho ouviu cada um dos milhares de regatianos pedindo: “Chuta, Elsinho”!
Se escrevo este texto logo depois do jogo teria xingado os alagoanos que não entendem nossa paixão. Hoje, mais calmo, mas ainda sem conseguir deixar de lembrar do jogo, prefiro exaltar o grande momento que vivenciamos no Rei Pelé. Agradeço aos heróis que lutaram por esta virada histórica. A raça e a técnica do nosso ídolo, a categoria do Mágico Geovani e a habilidade do garoto Elsinho foram essenciais. Mas em um jogo como esse, todos são importantes.
Regatianos e amantes do futebol. É claro que a imprensa nacional não colocará este jogo em seu devido lugar. É compreensível, a série B e o nosso time não tem o mesmo apelo popular que os grandes times do nosso país. Não importa. O importante é o que cada um de nós guardará na memória deste jogo magnífico. Cada regatiano tem um jeito próprio e tão emocionante quanto o de qualquer outro de tentar explicar o inexplicável e histórico, CRB 4 x 3 JEC.
Aos alagoanos que preferem torcer por grandes times pela televisão, não vou condenar. É um direito deles e se assim são felizes, mesmo sem entender, respeito. Como vocês, prefiro participar. Não vamos falar mal, desrespeitá-los. Eles estão condenados a morrer sem saber o que é ser um torcedor de verdade.


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