sábado, 5 de janeiro de 2013

RESUMOS IFAL 2012


Globalização


O QUE É Globalização é o período atual da economia mundial, com a crescente interdependência de governos, empresas e movimentos sociais. A globalização tem início com o fim da polarização política e econômica entre o bloco comunista e o capitalista, no início dos anos 1990. 0 processo de globalização envolve forças políticas, sociais, culturais e tecnológicas.

CENÁRIO A partir da década de 1990, a economia mundial entrou na era da globalização, que colocou em competição direta países em todo o planeta.  Assim, os que conseguem oferecer maior produtividade e infra-estrutura pelo menor preço levam vantagem na atração de investimentos internacionais e na   inserção de seus produtos no mercado mundial.      

NEOLIBERALISMO Os preceitos do neoliberalismo - que ficaram conhecidos como Consenso de Washington - pregam a redução da máquina estatal, com a privatização das empresas estatais e o corte nos gastos do governo com seguridade social, entre outras medidas.               

TRABALHO INFORMAL O acirramento da disputa no mercado internacional reflete-se também nas condições e na oferta de trabalho em todos os países. Quem mais sofre com isso são os jovens - na faixa entre 15 e 24 anos -, que se submetem a            trabalhos informais e salários reduzidos, mas a situação atinge todas as faixas de trabalhadores. A competitividade internacional e a grande oferta de mão-de-obra fazem com que ainda subsista o trabalho escravo e de crianças.

Consequências:
  1. Surgimento de novos paradigmas de competitividade, baseados no avanço da tecnologia e capacitação técnica dos trabalhadores;
  2. Surgimento de novos produtos, aumentando o consumo, abrindo-se os mercados;
  3. Surgimento de novos pólos de poder econômico, ou seja, de um mundo bipolar baseado na guerra fria passa-se para um mundo unipolar com preponderância dos Estados Unidos;
  4. Os Estados passam a ser subservientes às diretrizes das mega empresas que fazem às vezes dos Estados multinacionais;
  5. Desestatização da economia, com as privatizações, flexibilidade das relações de trabalho, redução das políticas sociais, aumento do desemprego e subempregos, aumento da violência principalmente nas grandes centros urbanos;
  6. Aumento da pobreza dos países subdesenvolvidos;
  7. Aumento da violência entre os excluídos;
  8. Aumento do descrédito nos políticos e nos partidos, como no caso do Brasil.

BLOCOS ECONÔMICOS São grupos de nações que surgiram como forma de facilitare baratear o comércio entre si. Classificam-se em zona de livre comercio,  união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária. 

OMC A Organização Mundial do Comércio é uma instituição internacional fundada em 1995 para regulamentar e fiscalizar o comércio mundial, nos moldes da globalização. A OMC funciona em reuniões chamadas rodadas, que têm o objetivo de obter acordos para liberalizar o comércio mundial.         

G-20 (Grupo dos 20) reúne os 19 principais países desenvolvidos e em desenvolvimento, incluindo o Brasil, mais a União Europeia. Representa 90% do PIB do planeta, 80% do comércio e dois terços da população mundial. A presidência do bloco é rotativa, exercida por um representante de uma região diferente do planeta a cada ano. Em 2010, a presidência está com a Coreia do Sul.

G-8 Formado pelos sete países mais ricos do mundo e pela Rússia, o G-8 deu origem ao G-20. Com a crise financeira de 2008 e 2009, e suas terríveis consequências para a economia global, os principais países emergentes, pelo peso crescente de sua economia no cenário internacional, foram incluídos nas mais importantes discussões econômicas mundiais.

BRICS A sigla para Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul foi criada para designar os principais países emergentes do mundo. 0 bloco soma 2,7 bilhões de pessoas, o equivalente a 40% da humanidade.


Migração na Atualidade e a questão Da Xenofobia
DESTINOS Na primeira metade do século XX, a Europa e o Japão enviavam migrantes a países em desenvolvimento. Hoje, milhares de migrantes dos países pobres tentam entrar, legal e ilegalmente, nas nações desenvolvidas.

FLUXOS MIGRATÓRIOS Ocorrem de áreas onde a população aumenta rapidamente para regiões cujo índice de crescimento demográfico é menor. Entre o século XVIII e a década de 1930, os europeus correspondiam a 35% da população mundial e estavam espalhados pelos cinco continentes. Hoje, a migração se dá dos países em desenvolvimento em direção aos mais ricos.

BARREIRAS Sob pressão da onda migratória, os países desenvolvidos endurecem suas legislações e dificultam a entrada de imigrantes. Também reforçam suas forças de fronteira, constroem muro nas divisas e ampliam as frotas para cortar as rotas marítimas de migração.

FUGA DE CÉREBROS Ao mesmo tempo em quedificultam a entrada da massa de imigrantes, em geral mão-de-obra desqualificada, as nações desenvolvidas buscam atrair profissionais qualificados dos países pobres- como cientistas, professores e executivos. Esse fenômeno é chamado de "fuga de cérebros" dos países em desenvolvimento.

TRABALHO Nas nações desenvolvidas, a maioria dos imigrantes encontra emprego de menor qualificação, ganhando salário mais baixo que o da população local. Como nesses países o perfil populacional é de baixa taxa de natalidade e alto grau educacional, os imigrantes ocupam postos com menor procura. Nos últimos anos, esses postos passaram a ser mais cobiçados, o que também explica a maior rejeição às levas de imigrantes.

DINHEIRO Um aspecto importante da migração é que os imigrantes ajudam a diminuir a pobreza em seu país de origem. Em 2005, as remessas oficiais de dinheiro dos países ricos para as famílias dos migrantes chegaram a 167 bilhões de dólares.

DIRETIVA DE RETORNO É a lei de expulsão de imigrantes ilegais da União Europeia, aprovada em junho de 2008. Estabelece a prisão dos ilegais pelo período máximo de 18 meses, além da proibição de retornar ao continente europeu por cinco anos.

REFUGIADOS São aqueles que cruzam fronteiras internacionais para escapar de conflitos armados ou violações dos direitos humanos. São 13,5 milhões de pessoas, que representam cerca de 7% do total de imigrantes no mundo.

MIGRAÇÕES NO BRASIL
DESCONCENTRAÇÃO DA INDÚSTRIA As mudanças na migração estão ligadas à transferência de indústrias do Sudeste para outras partes do país, bem como das regiões metropolitanas para o interior. Essa transformação tem sido impulsionada pela guerra fiscal e pela busca das empresas por custos menores e acaba atraindo trabalhadores para novos lugares.

SALDO MIGRATÓRIO É o número de imigrantes que entraram em determinado estado, subtraídos do número de emigrantes que saíram desse estado em direção a outros. No Brasil, historicamente, o Nordeste apresentava saldo migratório negativo e o Sudeste, positivo. Agora, essa relação está mudando.

MIGRAÇÃO DE RETORNO É o desloca mento de pessoas para sua região de origem, após ter migrado durante parte da vida. Esse fenômeno passou a ocorrer na Região Nordestea partir da década de 1980, com a melhora da economia local, e acentuou-se nos últimos anos.

MIGRAÇÕES INTRARREGIONAIS Movi mentos populacionais dentro da mesma região. É o tipo de migração que tem ocorrido entre estados do Nordeste e do Sul. No passado, essas regiões apresentavam forte êxodo em direção ao Sudeste e Centro-Oeste.

ECONOMIAS REGIONAIS Os movimentos migratórios têm relação com a dinâmica econômica das regiões. O Sudeste continua sendo economicamente mais forte, mas há outras regiões com a eco-nomia em alta. O agronegócio cresce no Centro-Oeste e no cerrado nordestino. As indústrias estão se espalhando para as regiões Sul, Norte e Nordeste.

FLUXOS MIGRATÓRIOS São os traje tos do maior volume de migrantes. Quem sai de uma região é emigrante, e quem entra é imigrante. No Brasil colônia, foram marcantes as imigrações de negros escravos da África e de colonizadores de Portugal. No fim do século XIX e início do XX, acontece a imigração maciça de europeus e de asiáticos. Atualmente, a maioria dos imigrantes estrangeiros é da América do Sul e da Ásia. Dentro do país, o fluxo migratório mais significativo no século XX sempre foi das regiões menos industrializadas (sobretudo o Nordeste) para o Sudeste. No período mais recente, o desenvolvimento agrícola no Centro-Oeste atraiu muita gente para a região.

A RAZÕES DAS MIGRAÇÕES A busca de trabalho, renda e melhorescondições de vida são determinantes para atrair os imigrantes. Mas as razões para emigrar podem ser diretamente econômicas, como recessão e desemprego; causas naturais, como catástrofes e secas; ou sociais, como guerras, ocupações militares e perseguições políticas, que criam os refugiados.

CICLOS ECONÔMICOS No período colonial, os fluxos migratórios acompanharam principalmente o ciclo do ouro e da cana-de-açúcar. No Império e na República Velha, houve o ciclo da borracha e a expansão do café. A seguir, a industrialização no Sudeste passou a ser o polo de atração mais importante. Nos anos 1970 houve também o estímulo à imigração para a Amazônia Legal, com a distribuição de terras e a criação da Zona Franca de Manaus.

TENDÊNCIAS ATUAIS A tendência a imigrar para o Sudeste diminuiu nas últimas décadas, poisa partir dos anos de 1990 acontece uma redistribuição das indústrias para outras regiões, como Sul, Nordeste e Centro-Oeste, e há uma forte expansão da agropecuária no Centro-Oeste. A partir de 2006, o IBGE constata uma volta da migração das outras regiões para o Sudeste, estimulada pela grande criação de empregos.


CRISE ECONÔMICA


GLOBALIZAÇÃO Período da economia mundial aberto no início dos anos 1990, ao final da Guerra Fria(1949-1991), e marcado pela interdependência entre empresas, governos e movimentos sociais do mundo todo. O termo descreve ainda a situação propiciada pela internet, com a troca instantânea de informações e a possibilidade de movimentos globais de capitais. Por isso,aatual crise econômica afetou o mundo todo rapidamente.
CRISE ECONÔMICA Foi iniciada em setembro de 2008, com o estouro da bolha imobiliária nos EUA: houve a quebra do banco norte-americano de investimentos Lehman Brothers, provocando um efeito dominó no mercado financeiro mundial. O alto endividamento de diversos países, agravado pela ajuda ao mercado financeiro, é a expressão mais aguda da crise no início de 2012.


GRÉCIA O país entrou numa profunda crisede insolvência financeiraem 2010: atingiu um endividamento público tão elevado que não conseguiu mais empréstimos. A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional acertaram um empréstimo bilionário ao país. Em troca, a Grécia se comprometeu acortar gastos sociais, aumentar a arrecadação e privatizar empresas e serviços estatais.

UNIÃO EUROPEIA É o maior bloco econômico do mundo, que agrupa 27 países. Dezessete deles compõem a zona do euro, que compartilham o euro como moeda. Há ainda o Espaço Schengen, incluindo 26 países (quatro de fora da UE). A crise na Grécia ameaça a viabilidade da zona do euro. Para evitar um contágio, a União Europeia pressiona governos do bloco a cortar seus gastos. Os países com déficits fora dos padrões da UE foram batizados com o nome de PIIGS, acrônimo formado com as iniciais em inglês de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha, que sugere economias "sujas".

PROTESTOS As consequências da crise econômica desagradaram à população de vários países, nos quais eclodiram greves e protestos. Em 2011, as mobilizações surgiram em muitos continentes, algumas vezes de forma espontânea.

AUSTERIDADE
Milhares de gregos foram às ruas para protestar contra o governo
A receita para o fracasso é conhecida: descontrole de gastos públicos em economias pouco competitivas. Sem uma política fiscal unificada, a União Europeia enfrenta sua mais grave crise econômica. Espanha, Itália, Irlanda, Portugal e Grécia gastaram mais do que arrecadaram e recorreram a empréstimos a juros estratosféricos até o ponto em que suas dívidas não conseguiram mais ser financiadas. 
A situação foi agravada pela crise de 2008 – provocada pelo estouro da bolha do mercado imobiliário americano – e levou os países europeus a adotar pacotes de ajuda bilionários que diminuíram suas arrecadações. Como consequência, o euro entrou em processo de desvalorização e agora ninguém garante que os 17 países-membros da União Europeia vão continuar a adotá-lo. Dono da economia mais forte do continente, o governo alemão enfrenta pressão de parte da população, que reluta em ajudar os vizinhos descompromissados com o rigor fiscal. Na Grécia, à beira do colapso, as ruas da capital Atenas viraram palco de protestos violentos contra o plano de austeridade fiscal, que inclui, entre outros pontos, demissões e congelamento dos salários do funcionalismo público.
O prejuízo na zona do euro, instituída pelo Tratado de Maastrich em 1992, ameaça ir além da esfera econômica. A crise pode fazer ruir as bases políticas do bloco originário na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, fundada em 1951, embrião da Comunidade Econômica Europeia. “É provável que o bloco saia reformulado desta crise, mas ninguém sabe como”, afirma Ricardo Amorim, economista e colunista de ISTOÉ.



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