Globalização
O QUE É Globalização é o período atual
da economia mundial, com a crescente interdependência de governos, empresas e
movimentos sociais. A globalização tem início com o fim da polarização política
e econômica entre o bloco comunista e o capitalista, no início dos anos 1990. 0
processo de globalização envolve forças políticas, sociais, culturais e
tecnológicas.
CENÁRIO A partir da década de 1990, a
economia mundial entrou na era da globalização, que colocou em competição
direta países em todo o planeta. Assim,
os que conseguem oferecer maior produtividade e infra-estrutura pelo menor
preço levam vantagem na atração de investimentos internacionais e na inserção de seus produtos no mercado
mundial.
NEOLIBERALISMO Os preceitos do
neoliberalismo - que ficaram conhecidos como Consenso de Washington - pregam a
redução da máquina estatal, com a privatização das empresas estatais e o corte
nos gastos do governo com seguridade social, entre outras medidas.
TRABALHO INFORMAL O acirramento da disputa
no mercado internacional reflete-se também nas condições e na oferta de
trabalho em todos os países. Quem mais sofre com isso são os jovens - na faixa
entre 15 e 24 anos -, que se submetem a
trabalhos informais e salários reduzidos, mas a situação atinge todas as faixas
de trabalhadores. A competitividade internacional e a grande oferta de
mão-de-obra fazem com que ainda subsista o trabalho escravo e de crianças.
Consequências:
- Surgimento de novos paradigmas de
competitividade, baseados no avanço da tecnologia e capacitação técnica
dos trabalhadores;
- Surgimento de novos produtos, aumentando o
consumo, abrindo-se os mercados;
- Surgimento de novos pólos de poder econômico, ou
seja, de um mundo bipolar baseado na guerra fria passa-se para um mundo
unipolar com preponderância dos Estados Unidos;
- Os Estados passam a ser subservientes às
diretrizes das mega empresas que fazem às vezes dos Estados
multinacionais;
- Desestatização da economia, com as privatizações,
flexibilidade das relações de trabalho, redução das políticas sociais, aumento
do desemprego e subempregos, aumento da violência principalmente nas
grandes centros urbanos;
- Aumento da pobreza dos países subdesenvolvidos;
- Aumento da violência entre os excluídos;
- Aumento do descrédito nos políticos e nos
partidos, como no caso do Brasil.
BLOCOS ECONÔMICOS São grupos de nações que
surgiram como forma de facilitare baratear o comércio entre si. Classificam-se
em zona de livre comercio, união
aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária.
OMC A Organização Mundial do Comércio
é uma instituição internacional fundada em 1995 para regulamentar e fiscalizar
o comércio mundial, nos moldes da globalização. A OMC funciona em reuniões
chamadas rodadas, que têm o objetivo de obter acordos para liberalizar o
comércio mundial.
G-20 (Grupo dos 20) reúne os 19
principais países desenvolvidos e em desenvolvimento, incluindo o Brasil, mais
a União Europeia. Representa 90% do PIB do planeta, 80% do comércio e dois
terços da população mundial. A presidência do bloco é rotativa, exercida por um
representante de uma região diferente do planeta a cada ano. Em 2010, a
presidência está com a Coreia do Sul.
G-8 Formado pelos sete países mais
ricos do mundo e pela Rússia, o G-8 deu origem ao G-20. Com a crise financeira
de 2008 e 2009, e suas terríveis consequências para a economia global, os
principais países emergentes, pelo peso crescente de sua economia no cenário
internacional, foram incluídos nas mais importantes discussões econômicas
mundiais.
BRICS A sigla para Brasil, Rússia,
índia, China e África do Sul foi criada para designar os principais países
emergentes do mundo. 0 bloco soma 2,7 bilhões de pessoas, o equivalente a 40%
da humanidade.
Migração na
Atualidade e a questão Da Xenofobia
DESTINOS Na primeira metade do século XX,
a Europa e o Japão enviavam migrantes a países em desenvolvimento. Hoje,
milhares de migrantes dos países pobres tentam entrar, legal e ilegalmente, nas
nações desenvolvidas.
FLUXOS MIGRATÓRIOS Ocorrem de áreas onde a população aumenta rapidamente para regiões
cujo índice de crescimento demográfico é menor. Entre o século XVIII e a década
de 1930, os europeus correspondiam a 35% da população mundial e estavam
espalhados pelos cinco continentes. Hoje, a migração se dá dos países em
desenvolvimento em direção aos mais ricos.
BARREIRAS Sob pressão da onda
migratória, os países desenvolvidos endurecem suas legislações e dificultam a
entrada de imigrantes. Também reforçam suas forças de fronteira, constroem muro
nas divisas e ampliam as frotas para cortar as rotas marítimas de migração.
FUGA DE CÉREBROS Ao mesmo tempo em
quedificultam a entrada da massa de imigrantes, em geral mão-de-obra
desqualificada, as nações desenvolvidas buscam atrair profissionais
qualificados dos países pobres- como cientistas, professores e executivos. Esse
fenômeno é chamado de "fuga de
cérebros" dos países em desenvolvimento.
TRABALHO Nas nações desenvolvidas, a
maioria dos imigrantes encontra emprego de menor qualificação, ganhando salário
mais baixo que o da população local. Como nesses países o perfil populacional é
de baixa taxa de natalidade e alto grau educacional, os imigrantes ocupam
postos com menor procura. Nos últimos anos, esses postos passaram a ser mais
cobiçados, o que também explica a maior rejeição às levas de imigrantes.
DINHEIRO Um aspecto importante da
migração é que os imigrantes ajudam a diminuir a pobreza em seu país de origem.
Em 2005, as remessas oficiais de dinheiro dos países ricos para as famílias dos
migrantes chegaram a 167 bilhões de dólares.
DIRETIVA DE RETORNO É a lei de expulsão de imigrantes ilegais da União Europeia, aprovada
em junho de 2008. Estabelece a prisão dos ilegais pelo período máximo de 18
meses, além da proibição de retornar ao continente europeu por cinco anos.
REFUGIADOS
São aqueles que cruzam fronteiras internacionais para escapar de conflitos
armados ou violações dos direitos humanos. São 13,5 milhões de pessoas, que
representam cerca de 7% do total de imigrantes no mundo.
MIGRAÇÕES
NO BRASIL
DESCONCENTRAÇÃO DA INDÚSTRIA As mudanças na migração
estão ligadas à transferência de indústrias do Sudeste para outras partes do
país, bem como das regiões metropolitanas para o interior. Essa transformação
tem sido impulsionada pela guerra fiscal e pela busca das empresas por custos
menores e acaba atraindo trabalhadores para novos lugares.
SALDO MIGRATÓRIO É o número de imigrantes
que entraram em determinado estado, subtraídos do número de emigrantes que
saíram desse estado em direção a outros. No Brasil, historicamente, o Nordeste
apresentava saldo migratório negativo e o Sudeste, positivo. Agora, essa
relação está mudando.
MIGRAÇÃO DE RETORNO É o desloca mento de
pessoas para sua região de origem, após ter migrado durante parte da vida. Esse
fenômeno passou a ocorrer na Região Nordestea partir da década de 1980, com a
melhora da economia local, e acentuou-se nos últimos anos.
MIGRAÇÕES INTRARREGIONAIS Movi mentos
populacionais dentro da mesma região. É o tipo de migração que tem ocorrido
entre estados do Nordeste e do Sul. No passado, essas regiões apresentavam
forte êxodo em direção ao Sudeste e Centro-Oeste.
ECONOMIAS REGIONAIS Os movimentos migratórios
têm relação com a dinâmica econômica das regiões. O Sudeste continua sendo
economicamente mais forte, mas há outras regiões com a eco-nomia em alta. O
agronegócio cresce no Centro-Oeste e no cerrado nordestino. As indústrias estão
se espalhando para as regiões Sul, Norte e Nordeste.
FLUXOS MIGRATÓRIOS São os traje tos do
maior volume de migrantes. Quem sai de uma região é emigrante, e quem entra é
imigrante. No Brasil colônia, foram marcantes as imigrações de negros escravos
da África e de colonizadores de Portugal. No fim do século XIX e início do XX,
acontece a imigração maciça de europeus e de asiáticos. Atualmente, a maioria
dos imigrantes estrangeiros é da América do Sul e da Ásia. Dentro do país, o
fluxo migratório mais significativo no século XX sempre foi das regiões menos
industrializadas (sobretudo o Nordeste) para o Sudeste. No período mais
recente, o desenvolvimento agrícola no Centro-Oeste atraiu muita gente para a
região.
A RAZÕES DAS MIGRAÇÕES A busca de trabalho,
renda e melhorescondições de vida são determinantes para atrair os imigrantes.
Mas as razões para emigrar podem ser diretamente econômicas, como recessão e
desemprego; causas naturais, como catástrofes e secas; ou sociais, como
guerras, ocupações militares e perseguições políticas, que criam os refugiados.
CICLOS ECONÔMICOS No período colonial, os
fluxos migratórios acompanharam principalmente o ciclo do ouro e da
cana-de-açúcar. No Império e na República Velha, houve o ciclo da borracha e a
expansão do café. A seguir, a industrialização no Sudeste passou a ser o polo
de atração mais importante. Nos anos 1970 houve também o estímulo à imigração
para a Amazônia Legal, com a distribuição de terras e a criação da Zona Franca
de Manaus.
TENDÊNCIAS ATUAIS A tendência a imigrar
para o Sudeste diminuiu nas últimas décadas, poisa partir dos anos de 1990
acontece uma redistribuição das indústrias para outras regiões, como Sul,
Nordeste e Centro-Oeste, e há uma forte expansão da agropecuária no
Centro-Oeste. A partir de 2006, o IBGE constata uma volta da migração das
outras regiões para o Sudeste, estimulada pela grande criação de empregos.
CRISE
ECONÔMICA
GLOBALIZAÇÃO Período da economia
mundial aberto no início dos anos 1990, ao final da Guerra Fria(1949-1991), e
marcado pela interdependência entre empresas, governos e movimentos sociais do
mundo todo. O termo descreve ainda a situação propiciada pela internet, com a
troca instantânea de informações e a possibilidade de movimentos globais de
capitais. Por isso,aatual crise econômica afetou o mundo todo rapidamente.
CRISE ECONÔMICA Foi iniciada em setembro
de 2008, com o estouro da bolha imobiliária nos EUA: houve a quebra do banco
norte-americano de investimentos Lehman Brothers, provocando um efeito dominó
no mercado financeiro mundial. O alto endividamento de diversos países,
agravado pela ajuda ao mercado financeiro, é a expressão mais aguda da crise no
início de 2012.
GRÉCIA O país entrou numa profunda
crisede insolvência financeiraem 2010: atingiu um endividamento público tão
elevado que não conseguiu mais empréstimos. A União Europeia e o Fundo
Monetário Internacional acertaram um empréstimo bilionário ao país. Em troca, a
Grécia se comprometeu acortar gastos sociais, aumentar a arrecadação e
privatizar empresas e serviços estatais.
UNIÃO EUROPEIA É o maior bloco
econômico do mundo, que agrupa 27 países. Dezessete deles compõem a zona do
euro, que compartilham o euro como moeda. Há ainda o Espaço Schengen, incluindo
26 países (quatro de fora da UE). A crise na Grécia ameaça a viabilidade da
zona do euro. Para evitar um contágio, a União Europeia pressiona governos do
bloco a cortar seus gastos. Os países com déficits fora dos padrões da UE foram
batizados com o nome de PIIGS, acrônimo formado com as iniciais em inglês de
Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha, que sugere economias
"sujas".
PROTESTOS As consequências da
crise econômica desagradaram à população de vários países, nos quais eclodiram
greves e protestos. Em 2011, as mobilizações surgiram em muitos continentes,
algumas vezes de forma espontânea.
AUSTERIDADE
Milhares de gregos foram às ruas para protestar contra o governo
A receita para o
fracasso é conhecida: descontrole de gastos públicos em economias pouco
competitivas. Sem uma política fiscal unificada, a União Europeia enfrenta sua
mais grave crise econômica. Espanha, Itália, Irlanda, Portugal e Grécia
gastaram mais do que arrecadaram e recorreram a empréstimos a juros
estratosféricos até o ponto em que suas dívidas não conseguiram mais ser
financiadas.
A situação foi
agravada pela crise de 2008 – provocada pelo estouro da bolha do mercado
imobiliário americano – e levou os países europeus a adotar pacotes de ajuda
bilionários que diminuíram suas arrecadações. Como consequência, o euro entrou
em processo de desvalorização e agora ninguém garante que os 17 países-membros
da União Europeia vão continuar a adotá-lo. Dono da economia mais forte do
continente, o governo alemão enfrenta pressão de parte da população, que reluta
em ajudar os vizinhos descompromissados com o rigor fiscal. Na Grécia, à beira
do colapso, as ruas da capital Atenas viraram palco de protestos violentos
contra o plano de austeridade fiscal, que inclui, entre outros pontos, demissões
e congelamento dos salários do funcionalismo público.
O prejuízo na zona do
euro, instituída pelo Tratado de Maastrich em 1992, ameaça ir além da esfera
econômica. A crise pode fazer ruir as bases políticas do bloco
originário na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, fundada em 1951,
embrião da Comunidade Econômica Europeia. “É provável que o bloco saia
reformulado desta crise, mas ninguém sabe como”, afirma Ricardo Amorim,
economista e colunista de ISTOÉ.
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